segunda-feira, 1 de março de 2010

O Futebol Por Nossas Lentes - 1ª Parte


O FUTEBOL CONFORME ADMIRAMOS, APOIADO NO EQUILÍBRIO, POSTURA E NA RESPIRAÇÃO 

Uma homenagem do Departamento de Marketing de boleiros em Niterói e dirigido por Roberto Lopes Castanheira, Diretor de Marketing do Grupo. Especialmente dirigido àqueles que amam o futebol e queiram participar em nossos debates com fito de discutirmos de que forma podemos fazer alguma coisa que não seja simplesmente criticar, e crer sempre, mesmo na ilusão, mais ou menos, mas crendo que algo pode acontecer. A todos conclamamos a colaborar. 

JOSÉ ÂNGELO GAIARSA, na apresentação de seu livro Organizações das Posições e Movimentos Corporais – (Futebol 2001), Summus Editorial, 1979, pagina 9, diz com absoluta propriedade que, “Se os brasileiros não inventarem um novo tipo de futebol, alguém o fará – e logo.” E continua. 

“Todos os fundamentos de minha proposta podem ser encontrados em revistas e livros de fácil acesso – e nada recentes (algumas décadas). Se não fizermos o que aqui se propõe, logo algo parecido será feito em outro lugar, podendo o Brasil perder definitivamente sua liderança em futebol devido aos avanços tecnológicos de outros povos”. 

Já se passaram 33 anos e até agora não vemos iniciativa para seu alerta. O que vemos são os times europeus, africanos, sul americanos, principalmente os mexicanos, se desenvolverem. Se não nos distanciamos do pódio em cima dele também não provamos merecer estar. 

Se para os brasileiros vencer era nossa obrigação, hoje, perder é o que torcemos e ansiamos para que não aconteça. 

A verdade é que o quadro mudou. Estagnamos à sombra do passado e ficamos felizes e esperançosos quando ganhamos alguma taça, cuja vitória normalmente está com o foco voltado para uma grande atuação do goleiro, de um jogador em especial ou para o fato negativo extra campo que minou o adversário, talvez por motivo que seja comum e se identifique com os nossos erros. 

Tentando desabafar, pelo menos, traçamos com otimismo amador e amante do futebol alguns traços que sempre despertaram a nossa curiosidade. Daí relacionarmos alguns itens  que julgamos possam ser trabalhados por aqueles que pretendem pesquisar o futebol e nos colocamos a disposição para o tema, que rogamos seja qual for a teoria, seja fundamentada, apoiada naquilo que envolve o movimento do corpo humano, seja no atletismo, na dança, na expressão corporal, nas habilidades motoras ou no que seja possível alongar dentro do assunto. Mas que seja lembrado que, sempre, dentro do futebol haverá homem, espaço, adversário e uma bola. 

I- A Alegria de jogar 

II- O Controle da emoção
III- O comportamento fora e dentro de campo
IV- A Postura
V- O Equilíbrio
VI- A Respiração
VII- O Chute e o Passe
VIII- O Drible
IX- A Finalização
X- Bibliografia

Existem muitas formas de se ver o futebol e como ele deve ser jogado, interpretado, inspirado, trabalhado ao máximo em busca dos resultados pretendidos.

A nossa meta é privilegiar as regras deixando a exceção em segundo plano, conforme seu lugar, embora isso possa parecer uma incoerência, uma vez que as exceções são as maiores lembranças que temos no futebol. A regra aqui pretendida é a que menos tem sido demonstrada em campo por aqueles que gostaríamos de ver brilhar aos nossos (ou em nossos olhos.(?)

O que mais queremos ver no futebol é, queremos crer das artes, aquela que, conforme aqui vemos o futebol, se apresenta como um grande desenho animado, onde o que se apresenta é o ponderável, sensato, raciocinado, ensaiado como uma grande orquestra.

A grande magia de uma arte está na beleza de sua realização. É isso que fascina, em nosso caso a ser demonstrada em um palco chamado campo. A partir daí vamos apresentar a nossa ideia sem qualquer pretensão maior que não seja a de passar uma opinião.

A verdade que queremos descobrir, essa é de cada um até que se prove o contrário, pois aquilo que não se prova é uma simples opinião. E é isso o que queremos que seja entendido. Aceitar ou não a opinião é com cada um. O nosso maior propósito é o de atrair o assunto mais que para a beira dos gramados, mas para as lentes de nossas filmadoras, de preferencia em câmara lenta, para melhor entendermos.

Um treinamento que inspire o jogador em busca de seus detalhes guardados que possa expor. Aquilo que pode explorar e melhor entender, como a posição do corpo, da cabeça aos membros, passando então pelo tronco, grande sustentador de seus impulsos.

Como fatores importantes a serem trabalhados colocamos em ordem os seguintes.

I – A alegria de jogar.

A alegria no futebol está ligada a descontração. Aquele que entra em campo tenso já tem contra si um peso a mais a sobrecarregar os seus movimentos, a sua leveza. Futebol se joga com o corpo leve e com os movimentos dos membros livres e sem compromisso com a coordenação.

Daí a se ter um corpo solto a correr preparado para todas as sequencias de movimentos que irão surgir.

Treinamento - A exploração de sua expressão corporal em busca de dar aos seus movimentos um estilo, fazendo-o trabalhar buscando contrariar o mínimo os efeitos naturais da gravidade e de todos os outros aspectos que possam surgir como obstáculo a vencer incutido em cada um. Notamos uma preocupação maior dos boleiros em ver o produto – jogador de futebol perfeito e acabado. José Ângelo Gaiarsa em seu livro .........................................

Falaremos aqui ao longo de algum tempo sobre o futebol como gostamos de ver, conforme preferimos entender e o desejamos, com arte, plástica e habilidade, crendo que foi isso que o elevou a um patamar tão popular. Para isso sugerimos que discutamos mais sobre isso, cada um com sua ideia, elegendo como principal a busca interior, local onde está instalado o programa de cada um, de forma a agregar valores que só a inspiração pode dar, relegando a emoção da competição às arquibancadas, às torcidas.

O principal momento do trabalho do futebol está nos treinamentos. Ali se deve alcançar o máximo, a perfeição. Não podemos pensar que “Treino é treino jogo é jogo” da forma que pensamos, ou seja, no treino treinamos no jogo jogamos. Gênio fala o que quer, porque gênio é gênio. Falar o que o gênio fala é fácil, difícil é fazer o que ele faz.

Se formos adaptar melhor esta frase poderíamos dizer que treino é trabalho, muito trabalho e jogo a demonstração da virtuose atingida em consequência do trabalho, exaustivo. 

Nada mais. Colocando como principal o treinamento, que é onde mais se deve trabalhar, elegendo sendo plano inferior onde o principal será  a ser lembrado apenas no final de cada a competição seria o principal, desviamos de seu caminho dando começamos a  passamos a entendê-lo de forma fabrientendermos Por isso pedimos ansiosos aos mais impacientes, que nos perdoem por algum equivoco maior, uma vez que os menores são mais fáceis de passarem desapercebidos.

A nossa idéia não segue uma monografia de formação oficial, de metodologia rígida de graduação mas apenas complementar de curso de Treinador de Futebol não oficializado pelo MEC. Não provamos o que falamos, apenas sugerimos, conforme a nossa visão, uma vez que a cobaia foi o próprio interessado em prová-la, por isso estaremos à disposição para discussão para com aquele que, assim como nós, se apaixona pelo tema e o tipo de debate, pois gostamos de uma troca de idéias, até porque no futebol cada opinião se aproxima de uma verdade e essa varia constantemente, de acordo com o sucesso ou insucesso de uma determinada jogada, de um determinado momento.

Esclarecemos que seguimos o nosso estudo inspirados na observação àqueles que julgamos grandes gênios do futebol, através de comparações uns com outros e motivados pela essência em que o desenrolar da jogada nos seduz. 

O Futebol por nossas lentes.

Cremos que existem três abordagens importantes que são à base do futebol:

Postura – Equilíbrio – Concentração.

A partir daí falaremos sobre a importância do que daí resulta: O chute, o passe, o deslocamento do corpo, a visão de jogo, o drible e a concentração.

Posteriormente abordarmos outros assuntos que afetam a parte psicológica, como a emoção, a paciência em oposição à emoção e o que ela envolve e o que deve resultar desse trabalho.

Normalmente o jogador ainda jovem não gosta muito de ouvir ou treinar, sim de jogar. Melhor seria se pudesse passar a ideia ao jogador sem palavras, só com imagens. A palavra cansa e permite a liberdade imaginativa de entendimento.

Por ser uma das práticas que mais atraem a atenção dos amantes do esporte, em todo o mundo, o futebol, conforme citamos anteriormente é um esporte sobre o qual todos têm uma opinião formada e121 daí a dificuldade em se falar sobre ele.

O jogador e o treinamento 

O jogador de futebol deverá sempre saber se entregar aos treinamentos com muita intensidade e perseverança sempre ensaiando incansavelmente àquilo o que pretende para o brilhantismo da apresentação e realização do melhor de si, na disputa de um espaço, em todos os sentidos, muito concorrido.

A forma com que entendermos a explicação da boa técnica do futebol é através da biomecânica e cinesiologia, pelo estudo do equilíbrio, da postura corporal e sua expressão e o melhor desenvolvimento de seus movimentos, conhecimento e combate às suas limitações, bem como o seu melhor aproveitamento através do universo do seu corpo.

O deslocamento do jogador pelos espaços do campo 

O jogador normalmente se desloca com ou sem a bola usando o seu corpo como um todo. Braços, pernas, quadris, pescoço... Tudo é um todo, formando um bloco, um feixe duro a quicar no chão, através dos pés, pernas e quadris, num movimento que faz trepidar todo o seu corpo que, afinal, não foi concebido para correr, muito menos o fazendo com uma bola aos pés.

O equilíbrio deverá ser a grande conquista do jogador e, saber somar a isso uma disciplinada respiração, o deslocamento de seus braços e pernas, onde a sua postura dará inicio a um estilo em seus deslocamentos, onde, permanecer com a bola, parece-nos um autêntico malabarismo.

Os sucessos e os fracassos são explicáveis através da observação, daí ter de estudar os movimentos com calma e paciência, uma vez que, quando se usa o corpo para alguma atividade esportiva, sempre haverá uma explicação enaltecê-la ou corrigi-la, ao vencedor ou ao vencido.

Os movimentos do futebol são analisados e desenvolvidos pela biomecânica e pela cinesiologia, que se encarregam de descrever os seus resultados, sucessos e fracassos, e se responsabilizam em traduzir a melhor forma de, através imagens, mostrar uma melhor forma de executá-lo.

As bases desses métodos deverão ser sempre efetuadas por meio de treinamentos do equilíbrio e da postura, bases das alavancas dos chutes, passes visão de jogo, armação das jogadas, dribles e desarmes.

Elegemos, pois, algumas prioridades que preenchem a nossa ideologia sobre a matéria.

Criando o seu estilo.
A Postura 

A luta contra o efeito da gravidade é permanente no jogador em busca do equilíbrio, por isso deve ter sempre em mente que a postura deve ser o primeiro aprendizado, que deverá criar e treinar. Pode criar quantas julgar úteis ou necessárias, assim como o malabarista que, com a vara busca o equilíbrio. Assim buscará o jogador, seu equilíbrio através dos seus braços, de sua coluna ereta, ora o mantendo parado e afastado do corpo, ora o tirando da coordenação natural em que normalmente balançará coordenando com as pernas, descoordenando da sequencia dos movimentos das pernas corpo. Mais adiante falaremos mais sobre este assunto.

mostraremos alguns a vemos acompanhar o jogador, e muito vai ajudá-lo. Deve lembrar de manter o pescoço ereto. Sua visão periférica deve ser panorâmica, onde a prioridade são os espaços, os adversários e os companheiros, nunca o gramado por onde corre, como acontece com quem joga de cabeça arriada, olhando para a bola.

Normalmente isso acontece com quem gosta de prender a bola, tentando resolver só, com pouca inteligência e bastante vaidade, seja driblando sem necessidade ou deixando de passar a bola a um companheiro mais bem colocado ou arrematando ao gol sem ângulo ou em cima das pernas do adversário, quando solução mais fácil se lhe oferece.

O jogador de futebol há que pensar que o seu estilo deve fazer parte do seu jogo, porque o estilo que ele adquire, será capaz de formar as suas jogadas, dar-lhe-á cadência, assim como facilitará as suas opções de jogo, para tanto, haverá de trabalhar a sua postura e equilíbrio.

A respiração 

Observar a respiração é de grande importância, pois lhe dará concentração para manter a lembrança necessária ao raciocínio criado pela sua imaginação, de se deslocar no espaço com o mínimo de impacto, buscando a leveza, dos movimentos, moldando o seu corpo aos impactos suscetíveis de seu deslocamento em campo. 

Cuja dedicação estará exposto ao julgamento a maior ou menor avaliação de sua arte de jogar o futebol.

A Arte não é deve ser fundida na vaidade, embora dela se possa envaidecer em conseqüência do resultado, do desempenho, da atividade que se pratica. A arte é a principal alternativa para o desenvolvimento de qualquer atividade onde resulta o belo, o harmonioso, o admirável e incansável prazer, seguido de uma demonstração cujos resultados se mostram com sucesso em seu final.

O Jogador em campo

O jogador haverá de ter consciência de que no futebol o equilíbrio é fundamental e o seu corpo deverá estar treinado para se deslocar em fundamentalmente em busca da harmonia com o espaço, perseguindo uma expressão corporal onde a bola, o adversário e o com o tempo de tocar na bola...

O Chute

O chute é uma pancada na bola com o lado externo, interno ou com a face frontal do pé. Não existe um chute ideal. Ideal é o chute que atinja a bola e a coloque dentro do gol, longe do alcance do goleiro.

Acontece que existem formas de chute que favorecem a alavanca da perna. É o chute sem torção do corpo, frontal, de peitol de pé.

Nesse chute sugerimos que o jogador coloque o seu pé de apoio a aproximadamente um diâmetro da bola e com o peito do pé dê uma pancada na bola como se fosse...

Um grande abraço, até a próxima publicação.

Oldemar Figueiredo

Um comentário:

  1. Muito interessante a matéria sobre técnicas e ensinamentos para a prática do futebol assinada pelo nosso amigo Oldemar. Parabéns pela iniciativa.

    ResponderExcluir